Poema: Tá devagar demais
Andam devagar,
Os vagões dos trens.
Os pássaros nos ares,
“voam” devagar.
Devagar...
Chega devagar,
O pedido que faço na
web.
Anda devagar,
O processo que “corre”
na justiça,
A fila da lotérica e
do banco.
O mundo gira aos
solavancos
Perdido no sistema
solar.
Anda devagar,
A dona Maria
Que precisa da
aposentadoria
E não pode mais
trabalhar.
Anda devagar,
A lei que incrimine
Os políticos corruptos
que também fazem leis,
E jogue na grade de uma
vez
O impune menor que vive
fora da lei.
Andam devagar,
A lua e as estrelas;
A noite que passa
ligeira;
As ondas que espumam no
mar.
Andam devagar,
As carretas da 364,
E apesar de não ter
asfalto
O “sistema” não
pode parar.
Andam devagar,
os bois do seu
Sebastião
Que toca o acordião
Na seca da terra do Juá.
Anda devagar
O aumento de salário...
Anda devagar quase tudo...
Só a vida que passa
depressa
Nesse mundo de tantas
promessas
E que nada sai do lugar.
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