Como está você? Sempre ocupado!?

Marcos 10.17-25: Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção e se pôs de joelhos diante dele e lhe perguntou: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?”

Pois bem. Está aí o exemplo de um cara muito parecido com alguns de nós nos dias de hoje. Ele estava diante do Senhor Jesus e teve a oportunidade de lhe fazer uma pergunta. Sabe, tem muita gente por aí interessada nas coisas de Deus. Tenho certeza que se pudessem estar frente a frente com Jesus fariam perguntas semelhantes a essa. Pois bem, vamos continuar observando essa história.

Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus (…)

Jesus faz essa pergunta para o jovem religioso e moralmente correto porque na mente do jovem o bom é aquele que é eficiente, aquele que é útil; o bom é aquele que se garante. Vivemos em uma sociedade que não pensa diferente disso. Desde os primórdios, o ser humano tentou ser reconhecido por aquilo que tinha e pelo que podia oferecer (nem que fosse um sobrenome). É por isso que vemos hoje tantas pessoas ocupadas demais correndo atrás de sucesso, fama, reconhecimento e prestígio – inclusive nas igrejas, em atividades chamadas “religiosas”. Somos definimos por aquilo que fazemos e temos. Era como se Jesus quisesse dar uma lição, com sua resposta, dizendo: “Por que me chamas bom, jovem? Porque eu multipliquei pães e peixes por duas vezes; curei um surdo; ressuscitei a filha de Jairo; curei a hemorragia de 12 anos de uma mulher? Por que me chamas bom, por aquilo que eu faço?”. Ele segue dizendo: “Ninguém é bom a não ser um, que é Deus”. Jesus não estava dizendo que ninguém é bom, que ninguém tem a capacidade de exercer bondade. O que Jesus queria dizer é que ninguém é bom que se baste, senão Deus e, conhecendo o coração do jovem, que ninguém é bom que garanta um passaporte para o Paraíso.

Quem tem sua vida pautada no ativismo (fazer) e nos bens materiais (ter), acaba relacionando-se com um deus utilitário; torna-se interesseiro; faz de Deus um meio e não um fim em si mesmo; ocupa-se em tentar fazer do Senhor uma ferramenta que leva a uma satisfação e acaba não se contentando nEle.

(…) Você conhece os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe” E ele declarou: “Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência”.

Depois disso, Jesus lhe faz uma pergunta para ter certeza de que o jovem sabia o que estava dizendo quando o chamou de bom, e se estava disposto a aceitar as responsabilidades envolvidas. Ele chama a atenção para a Lei de Moisés, pois desejava que o jovem se visse como um pecadorprostrado diante do Deus santo. Não podemos ser salvos do pecado guardando a Lei (Velho Testamento, antes de Jesus). A Lei é um espelho que nos mostra como estamos sujos, mas o espelho não pode nos lavar. A Lei apenas nos conduz a Cristo e foi o que aconteceu com esse rapaz. O jovem não se considerava um pecador condenado, diante do Deus santo. Seu conceito de Lei de Deus era superficial, pois media sua obediência apenas em termos de ações exteriores (ah, eu não matei, não roubei, sou um cara legal, procuro andar na linha), não de atitudes interiores. No que se referiam a suas ações, era irrepreensível, mas não se podia dizer o mesmo de suas atitudes interiores, pois havia cobiça em seu coração. A cobiça é um pecado terrível; é sutil e difícil de detectar, mas, ainda assim, faz as pessoas transgredirem todos os demais mandamentos. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (I Tm 6.10)

Jesus olhou para ele e o amou. “Falta-lhe uma coisa”, disse ele. “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me. Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.

Quem olhasse para esse rapaz poderia concluir que tinha tudo, mas Jesus afirmou que ainda lhe faltava uma coisa: uma fé viva em Deus. Seu deus era o dinheiro: ele confiava nele, o adorava e se realizava com ele. Sua moralidade e boas maneiras apenas escondiam um coração cobiçoso. É bom ficar registrado que as instruções que Jesus deu a esse rapaz não devem ser aplicadas a todos os que desejam tornar-se discípulos. Jesus, aqui, estava tratando de necessidades específicas daquele jovem rico. Já que possuía muitos bens, Jesus lhe disse para vender tudo e dar o dinheiro aos pobres. Jesus queria quebrar o status daquele jovem para que ele pudesse pegar a cruz e segui-lo, algo que lhe exigiria humildade. O jovem recusou. É difícil receber um presente quando as mãos estão fechadas, segurando dinheiro e tudo o que ele pode comprar.

Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!” Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.

Os discípulos ficaram admirados com as palavras de Jesus a respeito da riqueza, pois acreditavam que possuir muitos bens era evidência das bênçãos especiais de Deus. No caso do jovem, a riqueza que possuía o privou da maior de todas as bênçãos de Deus: a vida eterna. Hoje, a riqueza continua a empobrecer os ricos e a fazer os primeiros serem os últimos.

Se você tem vivido em função do fazer e do ter, saiba que Deus está interessado em quem você é. Se você acha que vai encontrar sentido para a sua existência ocupando-se com coisas que você pode realizar ou conquistar, está enganado. Nós só descobrimos o real sentido da nossa vida quando nos encontramos com Jesus e permitimos que Ele seja nosso único Senhor e Salvador. Que as ilusões da riqueza e os valores deturpados de nossa sociedade não sufoquem o seu coração. Quando esse mundo acabar, seu dinheiro, suas conquistas, seu prestígio e fama, tudo isso vai ficar aqui. E você, pra onde vai?

Fonte: Entre Jovens

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